A importância da seleção do comprimento de onda na identificação presencial de drogas de abuso com espectroscopia portátil de infravermelho próximo

Resumo:

Tanto o aumento do volume quanto a diversidade de drogas de abuso encontradas pelos serviços de investigação exigem a necessidade de detectores rápidos no local para detectar e identificar uma ampla gama de substâncias. A espectroscopia de infravermelho próximo (NIR) é adequada para testes presuntivos de drogas por sensores miniaturizados implementados em dispositivos portáteis. Atualmente, está disponível uma infinidade de diferentes espectrômetros NIR portáteis que utilizam diferentes faixas de comprimento de onda. Este estudo apresenta uma comparação dos espectros NIR de medicamentos de ocorrência frequente analisados por cinco dispositivos diferentes. Um espectrômetro VIS-NIR de nível laboratorial com faixa de 350 a 2500 nm foi usado para obter informações sobre o diagnóstico de faixas espectrais para substâncias relevantes na ciência forense. Os espectros obtidos foram comparados com a saída de espectrômetros portáteis operando na faixa de 740 — 1070 nm, 950 — 1650 nm, 1550 — 1950 nm e 1300 — 2600 nm. Os resultados produziram novos insights sobre a usabilidade de espectrômetros individuais por meio da inspeção visual dos espectros NIR, bem como estatísticas comparativas com substâncias de referência. Para a detecção de MDMA, um instrumento capaz de detectar um pico altamente abundante e específico em 2020 nm é benéfico, enquanto amostras coloridas são mais difíceis de detectar por sensores de menor faixa de comprimento de onda. Amostras relativamente puras e levemente coloridas podem ser caracterizadas corretamente por todos os sensores. Essas descobertas podem auxiliar na seleção do espectrômetro NIR na prática forense, bem como em estudos futuros sobre seletividade de instrumentos ou transferência de calibração multiplataforma.